terça-feira, 23 de agosto de 2011

Como ficar feliz a qualquer hora

Recentemente um amigo me perguntou: "Se você pudesse estar em qualquer lugar agora, fazendo o que quiser, onde estaria e o que estaria fazendo?"
Minha resposta foi: "Eu sempre estou onde quero estar, fazendo o que eu quero fazer."

No passado, como muitas pessoas, eu sempre estava desejando estar em outro lugar ou fazendo algo diferente, pensando no que fazer no futuro, criando planos, esperando coisas acontecerem, almejando mudanças, invejando ações de outras pessoas.

São pensamentos tolos.

Muitos de nós fazemos isso, mas se você focar no que poderia estar fazendo, nunca será feliz com o que realmente está fazendo. Você vai ficar comparando com as ações de outras pessoas, sobre o que elas postam no Facebook ou Twitter e desejar que sua vida fosse melhor. Você nunca está satisfeito por que sempre ficará almejando um numero indefinido de coisas "melhores" para fazer.

Em vez disso adoto a mentalidade de que tudo que estou fazendo agora é perfeito. Se eu estou escrevendo esse post, estou me deliciando com ele. Se estou lendo um blog, isso é interessante. Se não estou fazendo nada, entro num delicioso estado contemplativo. Se estou fazendo caminhada, sinto o ar fresco da manhã e fico feliz com o lindo dia que está começando.

A minha mentalidade é de transformar aquilo que estou fazendo na melhor coisa que eu poderia estar fazendo no momento. Mesmo as coisas chatas podem ganhar um sentindo novo se você olhar por outro ângulo. Se aconteceu algo chato isso pode ser uma valiosa lição de vida. Se está conversando com alguém insuportável, você vivência uma lição de paciência ou empatia, é uma ótima oportunidade de entender melhor as pessoas.

Condicione sua mente

Digamos que você está fazendo algo que realmente não gosta, como lavar pratos. Você não gostaria de estar comendo uma deliciosa refeição, ou conversando com um amigo em vez disso? Claro que sim, todo mundo prefere fazer coisas que são "naturalmente" prazerosas, mas elas só são tão prazerosas por que você deu esse valor a elas, mas são ações tão diferentes que a comparação é absurda.

Por que você tem que ficar comparando a ação de lavar pratos com a de conversar com amigos? Sempre existem as ações que gostamos mais, mas você não ganha nada comparando elas com todas as outras, afinal você vai continuar tendo que fazer todas as outras de um jeito ou outro.

Lavar pratos pode ser uma ação tão boa quanto qualquer outra, basta você decidir vê-la dessa forma. Você está fazendo um trabalho manual com esmero, está sozinho com seus pensamentos, não precisa ter pressa, sente a água nas mãos e o prazer da limpeza, sente a respiração leve e entra em contemplação.

Você pode mudar sua visão para qualquer tipo de ação que tenha que fazer. Está dirigindo para o trabalho? Então aprecie sua solidão, preste atenção na sua respiração, nos seus pensamentos, ou ouça uma música que te agrade e observe o mundo a seu redor. Se tem que participar de uma reunião de trabalho, preste atenção no que as pessoas falam, tente entende-las, interaja com seus colegas, aprenda mais sobre o funcionamento da mente humana, seja empático, se coloque no lugar das pessoas a seu redor, aprenda a aceitar as pessoas como elas são em vez de manter suas próprias expectativas sobre como elas deveriam ser.

Eu sempre fico feliz com o que eu estou fazendo por que não fico comparando com outras ações, ou com minhas expectativas ilusórias de como poderia ser, simplesmente passo a viver a atividade, a prestar atenção nela e em todos os pormenores. Assim sempre fico feliz independente do que estou fazendo ou com quem esteja. Você pode ver a perfeição em cada momento, em cada pessoa, todas as situações são unicas.

A vida só será chata se você ficar desejando fazer outra coisa, se você aceitar o que está fazendo e viver no momento presente a vida sempre será compensadora, você perceberá que está fazendo a melhor coisa que poderia fazer, sempre.

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Post Original: http://zenhabits.net/happy/

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Como levar uma vida mais leve

"Seja qual for o momento presente, aceite-o como se você o tivesse escolhido"
Eckhart Tolle (via A Mindfulist)

Hoje vou sugerir uma pequena mudança mental que pode mudar a sua vida. É simples, pare de pensar nos eventos dividindo entre bons e ruins. É uma pequena mudança - tudo que você tem que fazer é pensar "Isso não foi bom ou ruim, isso simplesmente é". É uma prática simples mas fantástica.

Por quê? Porque com essa pequena mudança seu humor será menos influenciado pelos acontecimentos externos. Não importa se os acontecimentos ou as ações de outras pessoas são bons ou ruins, você simplesmente aceita os como são. Não é preciso esperar que coisas boas (ou más) aconteçam, simplesmente aceite quando vier. Assim você não se decepcionará.
"Quando as pessoas vêem coisas belas,
outras se tornam feias.
Quando as pessoas vêem coisas muito boas,
outras se tornam ruins."
Lao Tzu

Um exercício simples

Pense em algo bom que aconteceu com você recentemente e como isso afetou sua mentalidade. Agora pense em algo ruim que aconteceu e perceba como isso o afetou. Agora imagine que esses eventos não são bons nem ruins, eles simplesmente aconteceram.

Quando você para de julgar as coisas como boas ou ruins você deixa de ser sobrecarregado pelas emoções que uma visão maniqueísta causa, e assim pode viver mais leve.

Nada é bom ou ruim

Hamlet disse: "Não há nada bom ou ruim, o pensamento que o torna assim." Ele estava certo. Sem a mente humana, as coisas simplesmente acontecem. Apenas quando aplicamos nosso filtro do julgamento que as coisas se tornam boas ou más, bonitas ou feias.

Mesmo tragédias como tsunami, acidentes e pragas ou o holocausto. Elas são ruins? Claro, através da lente do julgamento que fomos condicionados a fazer elas são terríveis. Mas se você remove o julgamento o que sobra? Um acontecimento. Essas tragédias sempre tendem a nos deixar tristes, no entanto elas aconteceram e continuarão acontecendo independente de nosso julgamento.

Grandes expectativas geram grandes frustrações

A segunda parte da mudança é simples mais muito importante: não crie expectativas. Não é simplesmente diminuir as expectativas, mas sim acabar com elas. Pense em quantas vezes você cria expectativas e se decepciona com elas. É simples, a vida não está ai para nos agradar, as coisas simplesmente acontecem, as pessoas são como são, independente de nossa vontade.


Para que fazer essa mudança? Por que parar de julgar? Por que parar de esperar?

Os julgamentos nos impedem de compreender o inexorável fluxo da vida e isso pode arruinar nossa felicidade. Ao julgar nos esquivamos da compreensão supondo uma conclusão imediata. Sem essa conclusão sobre o que os eventos significam para nós, podemos entender o desenrolar dos acontecimentos e, em vez de sentir tristeza, nos adaptar a eles.

Então, como vamos começar a fazer isso? Em pequenos passos, como sempre:
  1. Comece sendo mais consciente. Durante o dia faça nota dos momentos em que você julga, cria expectativas ou se sente frustrado por algum acontecimento. Com o tempo você vai perceber a forma como o julgamento e a expectativa é criada em sua mente e se tornará consciente disso.
  2. Cada vez que você notar um julgamento ou expectativa, pare. Respire e retome a consciência de que nada é bom ou ruim e a vida não precisa (e normalmente não vai) obedecer suas expectativas.
  3. Procure ver as coisas como elas são e entenda. Seja curioso, procure por trás dos acontecimentos os movimentos que os causaram. Seja empático, tente entender as pessoas em vez de julgá-las, se coloque no lugar delas. Veja a vida como ela realmente é, sem filtros.
  4. Se adapte ao que vier. Não lute contra os acontecimentos, viva eles como eles são, reaja adequadamente sem excessos. Não importa se é o que você queria ou não. Você não tem a capacidade de controlar a natureza ou as outras pessoas, mas pode controlar como reagir a elas.
  5. O momento presente contém infinitas possibilidades. Você pode aproveitar essas possibilidades uma vez que você tomar consciência delas, é só ver as coisas como são, sem julgamento ou expectativas.
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Esse texto foi mutilado pois estava muito repetitivo. =)

Post original: http://zenhabits.net/light/

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A arte Zen de fazer

"Antes de se iluminar, corte lenha e carregue água. Depois que atingir a iluminação, corte lenha e carregue água." Provérbio zen

No caos do mundo moderno há beleza em simplesmente fazer. Somos inundados de e-mails, notícias, conversas, eventos e outras demandas que acontecem ao nosso redor. Nossa mentes se tornam um dilúvio constante de pensamentos do passado e preocupações do futuro. As distrações nos fragmentam em várias direções.

Mas tudo isso pode desaparecer quando nos concentramos apenas no que estamos fazendo. Não importa o que fazer, seja sentar, andar, ler escrever, comer, lavar roupa, conversar, jogar. Ao focar no que estamos fazendo, nós deixamos cair as nossas preocupações e ansiedades, ciúme e raiva, luto e distração.
"Ao caminhar, caminhe. Ao comer, coma." Provérbio zen
Você está no meio de seu dia hoje e você é pego na tempestade de pensamentos, sentimentos, tarefas, reuniões e comunicações desse dia.

Pare, respire. Deixe que tudo isso desapareça.

Agora se concentre em fazer uma coisa, apenas uma tarefa nesse momento. Escolha essa tarefa e foque nela, apague todas as outras distrações. Sério, apague tudo de sua mente e feche seu navegador (quando acabar de ler esse texto :).

Deixe qualquer pensamento, que não esteja ligado ao que você está fazendo, se dissipar. Eles tentarão voltar, se forem muito insistentes, anote-os e deixe-os ir, volte o foco para o que você está fazendo.

Se você estiver lavando louça, faça devagar, sinta cada sensação. Se você está comendo uma fruta, sinta o gosto e as texturas, esteja consciente de sua fome, ou da falta dela. Se estiver escrevendo algo, coloque seu coração na escrita, se torne o texto.

É só fazer.

O resto do mundo se torna apenas distração sem sentido. É só você e seu fazer e você percebe que é apenas isso que importa.
"Zen não é um tipo de emoção, mas a concentração em cada ação de nosso dia-a-dia" Shunryu Suzuki